quarta-feira, 12 de maio de 2010

Escolas do Rio Grande do Norte começam Ensino Médio Inovador

Currículo de 900 horas de estudos e 200 horas de atividades complementares por ano, 104 professores trabalhando em tempo integral, seis aulas de 50 minutos de segunda a sexta-feira. É esse o perfil do Ensino Médio Inovador que o Rio Grande do Norte começou a implantar este ano no estado.

As mudanças ocorrem em 11 escolas públicas que atendem 7.530 estudantes do primeiro ano do ensino médio. De acordo com a coordenadora do projeto no estado, Maria do Socorro Ferreira, a secretaria de educação decidiu implantar a reforma do currículo em um número reduzido de escolas e em turmas que ingressaram no ensino médio em 2010.

Para aumentar as atividades anuais e o número de horas de aulas – de 800 para 1.100 horas – um dos desafios foi ampliar a jornada dos professores. Como os contratos dos docentes no estado são de 30 horas semanais, a secretaria de educação ampliou a jornada de uma equipe de educadores para 40 horas semanais. A mudança visa atender um dos requisitos do projeto, que é o professor com dedicação exclusiva.

Outro desafio foi criar opções de atividades complementares para os 7.530 alunos, também obrigatórias no projeto. As 11 escolas oferecem dez tipos de atividades com carga horária semestral que varia entre 20 e 60 horas. Cada aluno escolhe as atividades que praticará, desde que, no conjunto, some o mínimo de 100 horas semestrais. Artes e produção cultural, produção e tradução de textos e literatura, saúde e prevenção na escola, tecnologias da informação e comunicação estão entre as dez opções.

Parte dos recursos que as escolas recebem do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), repassados pelo governo federal, informa Maria do Socorro, será investida em atividades culturais. Visitas para conhecer o patrimônio arquitetônico e cultural da cidade, comunidades quilombolas, museus, feira de livros e participação em festivais literários integram o projeto.

Aulas práticas em laboratórios e oficinas também caracterizam a experiência que o Rio Grande do Norte começou a desenvolver em março deste ano.

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