Baixa Verde
(Maria Elza Teixeira)
Minha Baixa, linda, Verde
De alto valor e encanto
Que espalha aos quatro cantos
O seu destino de ser:
Dentre toda a maior
Da região capital
Desde os idos do sisal
Do algodão, ouro branco!
Aqueles que te visitam
E os que aqui habitam
Não há um só que não sinta
O seu ar acolhedor.
Do alto do Torreão
Ou da torre da igreja
Nossa Senhora despeja
Aos homens, mulheres e crianças
Bênçãos, graças, abundância
Do seu puro coração!
Minha linda Baixa Verde
Que nasceu tal qual criança
Regada pela esperança
De crescer e de brilhar
Na historia há de estar
O seu nome bem marcado
Para que assim, teus filhos amados
De Ti possam se orgulhar.
Minha terra, meu chão
(Silvana Varela)
Me acolheste como filha
Pude pisar no teu chão
Tens uma história brilhante
E por ti tenho paixão
Cada rua, cada esquinaUm causo tens a contar
Das meninas e meninos
Que também aprenderam a te amar
Rua do moinho,
Beco do sisal
Rua do bujão
Salão paroquial
Igreja Matriz na Praça principal,
Igrejinha pequena, berço da nossa fé
Açude Grande esquecido
Que muitos não sabem aonde é
Antes de tua emancipação
Uma escola se ergueu
José da Penha é pioneiro
Desde a época do apogeu
Grandes nomes te fizeram
Não caberia aqui citar
Mas todos eles, de nós merecem
Suas lembranças evocar
Ainda teria muito o que dizer
Dessa terra que se constrói
Muitos nomes, muitos casos
Muito artista muito herói
Alguns destaques na política
De muitos artistas, as obras já vi
Professores inesquecíveis
E até médicos nasceram aqui
Minha Terra querida
Estás em meu coração
Nem os abalos te derrubam
Minha Baixa Verde lá da estação.
Ao mar
(Maria Elza Teixeira)
Diante de ti me esqueço
E me encanto
E me entrego
E me perco
E tuas ondas em minha pele
Uma carícia, sem segredos, mãos cheias de dedos
Ó mar, que delícia!
Qual barco sem rumo te percorro
E te imagino aonde a vista não te alcança
E o teu sal, na minha boca é doce beijo
Ó mar, tudo em ti me encanta!
Autora
Maria Elza Teixeira da Silva é jornalista, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. É também professora da Rede Municipal de Ensino, dos municípios de João Câmara e Bento Fernandes. E está cursando o 5º período da Faculdade de Pedagogia. Nasceu em João Câmara/RN, sendo filha do casal Plínio Teixeira da Silva e Maria Salomé Teixeira da Costa, numa família numerosa de 12 irmãos. É apaixonada pela vida; cresceu em uma localidade rural do município, cercada de natureza e alimentada pelo desejo do conhecimento. O gosto pela leitura vem desde a infância, quando ouvia literatura de cordel. Mais tarde teve contato com outros estilos literários. Gosta de viajar, fazer novos amigos, ler bons livros, ouvir boa música, dançar e ESCREVER; porém poucas pessoas têm acesso as suas poesias, que tratam de sentimento, visão de mundo e algumas de caráter temático.
Coisas que o povo gosta
(Vanusa)
(Maria Xavier de Morais)
A tapioca de “Bastiana” Monteiro
A buchada de Zélia e Luiz
A galinha do Palhoção
E a castanha do Amarelão
Não podemos esquecer
Do Barrichello com seu pirão
Da banca do picado
Do bolo de mandioca
E do grude de Poço Branco
No Cazuzão eu nunca fui
Mas tem uma buchada que eu
Nunca vi reclamação
Na Esquina do Sabor
É uma verdadeira perdição
Não se esqueça de passar
Nessa esquina com atenção
A Praça Monsenhor Freitas
É só animação
Do Point da Praça
À barraca do Mangueirão
Nossa cidade é assim
Não falta alimentação
E muito menos diversão.
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Terra
Planeta onde moramos
Ar que respiramos
Paisagem que admiramos.
Lar que descuidamos
Fumaça que engolimos
Paisagem que destruímos.
Ainda tem uma saída
Para fecharmos suas feridas
E vê-la de novo respirar.
Quero ver o fogo apagar
O desmatamento cessar
O pássaro livre voar.
Ouvir o canto do colibri
Ver a careta do sagui
Vê-los brincando por aqui.
Ver a comunidade orgulhosa
Se sentir vergonhosa
E suas atitudes mudar.
Silvana Maria de França Varela é professora da Rede Municipal de Ensino; pedagoga com especialização em Psicopedagogia Institucional e também funcionaria pública estadual. Nasceu em João Câmara/RN. Sendo a sétima filha do casal Wilson de França Varela e Lindalva de França Varela. Seu gosto pela leitura teve inicio ainda na infância. Mais tarde, na adolescência, descobriu sua paixão pela escrita. Escrevia pequenas poesias que não costumava mostrar; prefere escrever sobre a vida, a natureza e a força antagônica entre o bem e o mal que rodeia o ser humano. “ Faço da leitura uma viagem, da escrita um retorno”
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Poder divino
(Soledade – Sol)
Nesta terra abençoada
Não há poder que resista
Mesmo que muito persista
Quando Deus quer atuar.
O poder terreno pode
Fazer o que convier
Mas não aquilo que quer
Porque Deus não vai deixar.
Quem exerce o poder
Sabe que não é eterno
Pode durar um inverno
Ou quem sabe um luar.
Por mais tempo que perdure
O poder humano é fugaz
E por vezes ele traz
Desgosto a quem que mandar.
Mesmo sentindo-se grande
O homem não tem poder
Que possa sobreviver
Quando Deus não aprovar.
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Saudades
Tenho saudades da infância,
Pois criança não sou mais,
Por isso lhe digo meninos:
Curtam, brinquem, vivam em paz!
Senão vão sentir saudades
De um tempo que não volta mais,
Por isso, lhes digo meus jovens:
Curtam,brinquem, vivam em paz!
Pois a vida é muito curta
E passa rápido demais
Por isso, lhes digo meus senhores:
Curtam, brinquem, vivam em paz!
Saudades levas e deixas
De onde vens, pra onde vás
Por isso, digo a todos:
Curtam, brinquem, vivam em paz!
O tempo pra mim já passou
Curti, brinquei por demais
Mais ainda tenho saudades
Dos anos que não voltam mais.
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Minha Terra
(João Paulo de Melo)
Minha Terra é bem antiga
Tem gente boa e amiga
Trabalhando na castanha
Para sustentar sua vida.
Minha Terra é animada
É grande a população
Mas precisamos lutar
Pela nossa educação.
Minha Terra é indígena
Povo forte de bravura
Futebol é nosso lazer
Forró é sua cultura.
"João Paulo é estudante da Rede Municipal de Ensino, tem 10 anos de idade, reside na comunidade do Amarelão e participou com este texto da Olimpíada de Língua portuguesa, no ano passado."
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O lugar onde vivo
(João Pedro de Melo)
Minha Terra Amarelão
É muito boa de morar
Sempre que vou ao açude
Tem muitas pessoas por lá
Minha Terra tem muita gente
Mas também pouco animal
O Amarelão para mim
É muito especial
Minha Terra tem memórias
Tem lendas e tem historias
Um dia todos irão
Contar sua vitória
"João Pedro é também estudante da Rede Municipal de Ensino, tem 10 anos de idade, reside na comunidade do Amarelão e participou com este texto da Olimpíada de Língua portuguesa, no ano passado."